Esta
questão nos preocupa, praticamente a todas as religiões surgidas ao
longo da história da humanidade.
Para
onde iremos após a morte?
A
Bíblia se refere a dois tipos de morte: a morte física, morte
natural que acontece com todas as pessoas quando param de viver e a
morte espiritual, quando não mantêm um relacionamento com Deus
e Jesus Cristo.
A
MORTE NO VELHO TESTAMENTO
Os
israelitas aceitavam a morte como um fim natural da vida. Tinham como
objetivo viver uma vida longa e plena, ter muitos filhos e morrer em
paz com sua família. Uma morte prematura era vista como o resultado
do julgamento de Deus sobre aqueles que Lhe eram desobedientes.
O
Rei Ezequias orou ao Senhor para prolongar sua vida mesmo não tendo
sido totalmente obediente (II Reis 20).
Jó
quis limpar sua reputação com Deus antes de morrer (Jó 19: 25-26).
Apesar
de pensarem que a morte era o fim natural da vida, os israelitas
nunca a viram como uma experiência agradável.
A
morte era um fato triste que afetava profundamente as pessoas,
eliminava a pessoa do convívio de familiares e vizinhos; e não
poderia mais se relacionar com Deus.
Quando
Deus deu a lei para Moisés e para o povo, afirmou claramente que
qualquer desobediência aos seus mandamentos teria como consequência
a morte.
Pelo
profeta Ezequiel Deus afirmou que todas as pessoas que O seguissem
teriam vida, mas a qualquer que "se desviar da Sua justiça"
certamente morrerá" (Ezequiel 18: 21-32).
Obs.
Portanto, a morte era vista como um mau resultado de seu pecado e
desobediência.
Mais
tarde, essa ideia sobre a morte vem a mudar, Os filósofos judeus
começaram a desenvolver ideias sobre vida após a morte e
ressurreição do corpo.
O
livro de Daniel traz a primeira referência sobre uma possível
ressurreição dos mortos, quando profetiza " Muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e horror eterno " (Daniel 12;2).
Pois
bem, vamos ver o que diz no Novo Testamento
A
MORTE NO NOVO TESTAMENTO
Enquanto
no Velho Testamento a morte é um evento pessoal, no Novo Testamento
é um tema teológico.
Por
causa do primeiro pecado de Adão e Eva, o homem foi separado de Deus
e essa separação trouxe a morte ao mundo. Cada pessoa depois de
Adão seguiu seus passos.
O
apóstolo Paulo escreve "todos pecaram e carecem da glória de
Deus" (Romanos 3:23).
Quando
o Novo Testamento fala sobre morte, está falando de viver uma vida
sem Deus; seus escritores sabiam que a morte afeta todos os aspectos
da vida.
Sem
Deus, vivemos com medo da morte e alguém que vive sem Cristo está
espiritualmente morto.
livro
de Hebreus conta que o diabo, que governa o mundo, é o senhor da
morte (Hebreus 2;14).
É
fácil pensar na morte como um poder demoníaco que governava o mundo
até que Cristo, o único que teve poder para vencer a morte em favor
de todas as pessoas, finalmente a conquistasse.
Quando
Cristo morreu, foi enterrado e ressuscitou ao terceiro dia, o poder
que a morte tinha sobre o mundo foi permanentemente quebrado.
O
TERMO SCHEOL E O SEU SIGNIFICADO VETEROTESTAMENTÁRIO
A
palavra sheol, no AT equivale com o mesmo sentido de hades no NT.
Ambos seriam o lugar para onde iam os mortos, justos e injustos.
Porém havia uma divisão entre a região, separada por um abismo e
todos que estavam lá, estariam conscientes.
*
O lugar dos justos era felicidade, prazer e segurança, chamado de
Seio de Abraão ou Paraíso.
*
O lugar dos injustos, era medonho, cheio de dores, tormentos e
sofrimentos
Peço
desculpas aos senhores, mais o assunto é muito extensão e para
entendermos devemos ler os assuntos para chegarmos a uma compreensão,
e uma conclusão.
vamos
lá
A
palavra INFERNO
Em
nossas versões comuns, a palavra “inferno” é traduzida de três
vocábulos originais: SEOL, HADES e GEENA.
SEOL
1
- Origem de palavra hebraica que significa: perguntar ou interrogar,
talvez com intenção do significado de lugar de interrogação.
2
– Tem o significado de concavidade das mão, no hebraico
pós-bíblico profundeza do mar, se é correto esta afirmação,
então seria um lugar profundo. No AT chamado como lugar dos mortos.
Obs.
Já na literatura judaica encontramos divisões dentro do SEOL, para
os ímpios e os justos.
Ex.
Lázaro e o Rico no NT.
HADES
O
vocábulo grego hades representa o submundo, isto é a dimensão dos
mortos conforme os escritos clássicos. Na LXX essa é quase sempre a
palavra usada para traduzir Sheol e no NT palavra em conexão com a
morte de Cristo. At 2, 27-31; Sl 16, 10.
Em
Mt 16, 18 Cristo afirma que as portas do Hades jamais prevaleceriam
contra a igreja.
Obs.
As portas de uma cidade representava o poder de uma cidade, o sentido
dessa expressão seria o poder da morte.
Is
38, 10; Sl 9, 13; Sl 107, 18
GEENA
Deriva
de um termo hebraico gehinom, sua derivação original é obscura,
alguma pessoas tem aceito como uma raiz aramaica, que significa
“lamentação”, mas quase improvável.
Nos
escritos judaicos Geena tem o sentido de “lugar de punição para
os pecadores”
Em
2 Pe 2, 4 encontramos o vocábulo “ tartaroo ” traduzido em nossa
versão como: precipitando no inferno e na versão original aramaico
pesita lançados nas regiões mais baixas, “ tartaros ” tratado
aqui como lugar de punição eterna, lugar dos anjos caídos que
sofrem castigo.
Observem
o que nos apresenta este dicionário.
O
que nos diz o Novo Dicionário da Bíblia.
O
fato que Deus é onipotente, e que Deus é amor e que por outro lado
a retribuição eterna é claramente ensinada nas Escrituras, levanta
muitos problemas em nossas mentes, para nos dar uma solução. É
fácil também em alguns casos produzir respostas lógicas as custas
de uma das facetas ou certo ângulo de entendimento das verdades
bíblia, o que ocorre justamente com grande frequência. Mas neste
caso a Palavra de Deus não tem a intenção de ensinarmos fatos
objetivos sobre a vida além do túmulos.
Obs.
Mas neste caso a Palavra de Deus não tem a intenção de ensinarmos
fatos objetivos sobre a vida além do túmulos.
Mas
a Bíblia procura desafiar-nos para que tomemos a ação correta.
Apesar de estudarmos esta doutrina e não aceitarmos, precisamos
admitir que os conselhos de Deus ultrapassam a compreensão de nossas
mentes finitas.
Obs.
A realidade e a eternidade de sofrimentos na GEENA é um
elemento de verdade Bíblica que uma exegese honesta não pode
evitar.
A
MORTE
A
morte é a mais natural das coisas “ aos homens está ordenado
morrerem uma só vez ” Hb 9, 27.
A
morte é a pena ou condenação para o pecado – Rm 6, 23
A
morte é uma necessidade biológica, porém, os homens não morrem
simplesmente do modo como os animais morrem.
Mas
também a morte é consequência do pecado e muito mais que a morte
do corpo, o perigo da morte espiritual ou a morte sem Deus.
ARGUMENTOS
BÍBLICOS DA SITUAÇÃO, DURANTE E DEPOIS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
Jesus
é pregado na Cruz entre malfeitores
E
disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
Paraíso - Lucas 23:43
Lugar
de descanso, vida eterna.
Neste
versículo demonstra a fé e nosso arrependimento, pois seremos
salvos pela fé e não por obras “ Lembre-se de mim quando entrares
no seu Reino ”.
Parte
desta confusão surgiu de passagens como Salmos 16:10:11: “Pois não
deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo
veja corrupção. Far-me-ás ver a vereda da vida...” “Inferno”
não é a tradução correta deste verso.
Uma
leitura correta seria “a sepultura” ou “Seol”. Na Cruz, anos
mais tarde, Jesus disse ao ladrão ao Seu lado: “Hoje mesmo estarás
comigo no Paraíso”. Seu corpo estava na tumba; Sua alma/espírito
foi para o “Paraíso” esfera do Seol/Hades.
Então
Ele removeu todos os justos que estavam mortos do Paraíso e os levou
consigo aos Céus. Infelizmente, em muitas traduções da Bíblia, os
tradutores não são consistentes ou corretos quando traduzem as
palavras hebraica e grega “Seol”, “Hades” e “Inferno”.
Alguns
defendem o ponto de vista que Jesus foi ao “Inferno” ou ao lugar
de sofrimento do Seol/Hades a fim de receber ainda mais punição por
nossos pecados: ideia sem respaldo bíblico, totalmente descabida!
Foi a morte de Jesus na Cruz e Seu sofrimento em nosso lugar que, de
forma suficiente, promoveram nossa redenção. Foi Seu sangue
derramado que validou nosso perdão de pecados (I João
1:7-9).
Efésios
4, 8-10 - A afirmação "levou cativo o cativeiro" pode
significar: 1) Ele levou os presos (da mesma forma que conduz um
comboio de inimigos derrotados) para seu cativeiro; 2)Ele capturou os
captores (ou seja Ele reverteu o cativeiro; Ele reverteu escravizou
aqueles que escravizavam).
Os
dois significado querem dizer que Cristo aniquilou os nossos inimigos
(ex: morte, Satanás e o pecado) e os colocou no cativeiro e subiu ao
alto (céu) e deu dons aos homens.
Paulo
argumentou que a ascensão de Cristo, implica a uma descida anterior,
veja a frase "partes mais baixas da terra" representa a
terra, o lugar que Cristo veio para sua encarnação.
O
cativeiro seria, Satanás e seus exércitos......o mesmo Cristo que
desceu e também o mesmo que subiu acima de todos os céus. Com o
resultado da sua descida e subida nada é oculto Dele. Todas as
coisas estão no controle Dele.
Já
em 1 Pedro 3, 19 - O Significado de "pregou aos espíritos em
prisão" não é completamente claro, até porque a palavra
traduzida como espírito é "pneuma" pode ser usada como
referência à espíritos humanos, a anjos ou a demônios, na sua
forma singular ou única....pneuma é também usada para o Espírito
Santo de Deus.
A
passagem Bíblica também fala "espíritos em prisão" são
aqueles que em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de
Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual
poucas almas se salvam pela água.
Portanto,
é fato que aconteceu a ressurreição de Cristo, e o conteúdo dessa
mensagem foi proclamar a vitória de Jesus Cristo aos anjos caídos.
Quando
estava pendurado na Cruz, Ele levou sobre Si o fardo do pecado de
toda a raça humana. “Ele se fez pecado por nós”.
II
Coríntios 5:21 diz: “Àquele que não conheceu pecado, o fez
pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
O peso do pecado nos ajuda a compreender o que passou Cristo no
Jardim do Getsêmani, sua luta com o cálice de pecado que sobre Ele
seria derramado na cruz.
Na
Cruz, Cristo, com grande voz exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste?”, e foi neste exato momento que Ele foi separado
do Pai por causa do pecado sobre Ele derramado. Quando entregou o Seu
espírito, disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.
Seu
sofrimento foi completado em nosso lugar. Sua alma/espírito foi à
parte do Hades correspondente ao Paraíso. Jesus não foi ao Inferno.
O sofrimento de Jesus terminou no momento em que morreu. O pagamento
pelo pecado estava feito. Ele então aguardou a ressurreição de Seu
corpo e Seu retorno a sua glória, em sua ascensão.
A
VITÓRIA SOBRE A MORTE
Cristo
venceu a morte, pois Ele ressuscitou.
Mas
o anjo disse às mulheres: Não temais vós; pois eu sei que buscais
a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui, porque ressurgiu, como
ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia; (Mateus 28:5-6)
Argumentos
bíblicos depois da morte
II
Cor 5, 8 - Temos, pois, confiança e preferimos estar ausentes do
corpo e habitar com o Senhor.
Obs.
Para aqueles que creem em Cristo, a morte é apenas uma passagem para
a vida eterna com Deus.
Hebreus
9:27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo
depois disso o juízo,
Todos
nascemos, vivemos e todos morreremos. Isto é óbvio. Mas surge a
questão: para onde vamos após a morte?
Eclesiastes
3:20 - Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos
voltarão ao pó.
olha
que interessante
O
termo hebraico para o lugar pós-morte é sheol e o termo grego que
lhe é correspondente, seria hades, que significa “o invisível”, o termo que designa o mundo dos mortos.
É
o estado dos mortos entre a cessação de sua vida e o juízo final,
quando da segunda vinda de Cristo.
Chamamos
de estado intermediário, esta expressão nada tem a ver com o
purgatório. É “estado” e não “lugar” intermediário. A
ideia de purgatório surgiu no século V de nossa era, com Agostinho,
foi defendida por Gregório e definitivamente incorporada à teologia
católica na 25ª sessão do Concílio de Trento, que aconteceu de
1545 a 1563, em reação à Reforma.
vejamos
o que vem agora....
A
Bíblia fala, diversas vezes, no estado de morte como “dormir” ou
“adormecer” (Mateus 9:24, João 11:11; Atos 7:60, Atos 13;36,
etc).
Outros
textos parecem ensinar que os mortos não estão conscientes (Salmo
6:5, Salmo 115-17, Eclesiastes 9:10, Isaías 38:19). Lemos, por
exemplo, em Eclesiastes 9:5, que “...porque os vivos sabem que hão
de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles
têm jamais recompensa, e a sua memória ficou entregue no
esquecimento”.
Meus
amados agora diretamente ao assunto sono..... leiam por gentileza
Textos
com o mesmo sentido que este não autorizam ninguém a formular
doutrina sobre o sono da alma, até porque o livro de Eclesiastes é
o relato de reflexões a respeito das coisas debaixo do sol.
Quando
Salomão diz que o que ocorre ao homem isso também sucede ao animal,
e que ambos vão para o mesmo lugar na sua morte (Eclesiastes
3:19-21), não contradiz a doutrina bíblica da sobrevivência da
alma. O texto não faz menção à palavra “sono”, e se refere
apenas à morte física, que é comum tanto a homens como aos
animais; não se refere ao além.
Mas,
diz Wayne Grudem (Teologia Sistemática), “quando as Escrituras
falam da morte como “dormir” trata-se apenas de uma metáfora
usada para indicar que a morte é apenas temporária para os
cristãos, como é temporário o sono”.
*
Consideremos os seguintes textos bíblicos que evidenciam a
existência de vida consciente após a morte, e não o sono da alma:
Filipenses
1:23: “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo
de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Mas,
por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne”. –
Observemos que o desejo do apóstolo era o de partir e estar com
Cristo.
A
esperança de Paulo não era morrer, adormecer e aguardar o dia da
ressurreição, mas de estar com Jesus, após o momento em que
deixasse o corpo material (morte). O verbo “estar”, usado logo
após o verbo “partir” , denota um ato imediatamente subsequente
à partida do apóstolo.
Em
2 Coríntios 5:8 - Paulo repete esse desejo, quando diz:
“...preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor”. Estar com
Cristo, habitar com o Senhor, são expressões que não deixam
dúvidas de que, após a morte, estaremos, de imediato, na presença
de Deus, sem dormir qualquer espécie de sono.
Coisa
Linda Jesus, a Palavra de Deus.
1
Tessalonicenses 4:13-14: “Não queremos, porém, que sejais
ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes
como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em
sua companhia, os que dormem”.
Paulo
– queria que os irmão de Tessalônica soubessem que a morte não é
o fim
Ainda
para nossa reflexão
1
Tessalonicenses 4:13-14: “assim também Deus, mediante Jesus,
trará, em sua companhia, os que dormem”.
Ora,
se as almas dos que morreram em Cristo não estão no céu, como
trará ele em sua companhia os que “dormem”?
Claro
está que suas almas virão com ele, e aqui receberão seus corpos
transformados, subindo com o Senhor para a glória.
Apocalipse
6:9-11: “Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as
almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e
por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz,
dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não
julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes
disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se
completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser
mortos como igualmente eles foram”.
Apocalipse
6:9-11: a qual lemos, quer dizer o seguinte:
Esta
passagem, nada obstante estar num livro profético, com alguma
linguagem figurativa, demonstra atividade consciente de almas que
clamavam ao Senhor. Alma que dorme não tem consciência do que se
passava na terra; alma que dorme não recebe vestidura branca ou fala
com Deus.
Obs.
sono é para descanso do corpo e não para a alma.
Respeitosamente
Pr.Charles
Fernandes - CIADESCP / CGADB
Bacharel
em Teologia, Administração e Pós-Graduação em Gestão e
Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.