sábado, 19 de setembro de 2020

Nação cujo Deus é o Senhor.

Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança. Salmos 33:12

O salmo de número 33 é um hino de louvor ao Altíssimo Deus, sem dúvida era cantado em coros completos com o alto acompanhamento de muitos instrumentos musicais.

Nesse salmo, notamos as ações do próprio Deus através do seu imenso e tremendo poder em favor de Israel. O criador do mundo e de Israel é capaz de guardar e livrar a quem Ele escolhe para sua propriedade particular.

A escolha de Israel era parte do propósito do próprio Deus de ter esse povo como sua herança. Essa afirmação podemos encontrar no Salmo 135:4Porque o Senhor escolheu a Jacó para ser seu povo, a Israel para ser sua possessão e tesouro.”

O verbo “escolher” no Antigo Testamento tem o significado de escolha cuidadosa e bem pensada. Então no verso de número 12 o salmista fala da posição singular de Israel “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”.

O povo escolhido por Deus em contraste com o povo ímpio pagão, torna-se bendito e abençoado por respeitar e se entregar em obediência a Lei de Deus, pois traria sabedoria, entendimento (Deuteronômio 4:6). Podemos entender que a Lei era o código de conduta do povo que guiava norteando para uma bem-aventurança.

Deus Pai concedeu uma herança espiritual a seus filhos (Israel) através de uma condição em submissão a Lei a Palavra de Deus.

Sabemos que Israel do Antigo Testamento é bem diferente da condição de ser igreja. Quanto a uma aplicação espiritual da ideia da herança da igreja (pessoas) referente aos dias atuais, ver I Ped. 2:9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

Todas as pessoas que aceitam a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, passam ser igreja, um povo eleito por Deus, unificado pelo Espírito Santo, o sacerdócio real, a nação santa de Deus.

No Antigo Testamento, o povo não conseguiam se aproximar de Deus, para isso acontecer precisavam de um sacerdote para ser o intermediário entre Deus e os seres humanos. Mas com a morte de Jesus Cristo na cruz do calvário não precisamos mais desse modelo do Antigo Testamento.

Quando aceitamos verdadeiramente a Jesus Cristo, não somente em palavras, mas, com sinceridade, teremos acesso diretamente na presença de Deus (Hebreus 4:16).

Nação santa significa um povo diferente referente em sua conduta, caráter e boas obras. A igreja (pessoas) é propriedade exclusiva de Deus, pois o povo Dele é formado por aqueles que são fiéis a Ele.

O grande objetivo da igreja é anunciar as virtudes daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz onde fomos redimidos para servir e glorificar a Deus.

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes – Bacharel em teologia, Administração

Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

Quem é a verdade?

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32

O livro do Apóstolo João tem o propósito de comprovar que Jesus é verdadeiramente o filho de Deus e quem crer Nele terá a vida eterna.

Esse texto está diretamente vinculado a afirmar que o próprio Senhor Jesus Cristo é a verdade que liberta, pois Ele é a fonte da verdade e nos liberta das consequências do pecado.

Em João 8:31 Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos”. Para ser discípulo (aluno) de Jesus, precisamos permanecer firmes na Palavra de Deus que é a verdade.

Um verdadeiro e obediente discípulo conhecerá a verdade conhecendo Aquele que é a verdade, o próprio Jesus, pois Ele é o caminho a verdade e a vida (João 14:6).

Quando Jesus fala para “conhecer a verdade”, Ele está ensinamento para conhecer a revelação de Deus que está incorporada, integrada ou anexada no próprio Senhor Jesus que é o Verbo. Portanto para conhecer a verdade é conhecer Jesus Cristo.

A afirmação descrita nesse texto de João 8:32 dita por Jesus: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, não tem nenhuma ligação ou comparação, com a liberdade política ou conhecimento intelectual.

Pois, conhecer a verdade é conhecer a Jesus Cristo, isso significa: obedecer, priorizar e considerar acima de qualquer opinião terrena e aceitá-lo como único e suficiente salvador da nossa alma.

Depreende-se, então, que conhecendo a verdade, através do genuíno ensinamento da Palavra de Deus, iremos nos tornar verdadeiramente livres para fazer a vontade e o propósito de Deus, pois seremos guiados nessa vida pelo Espírito Santo que vive dentro de nós.

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes – Bacharel em teologia, Administração
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

A verdadeira igreja nunca fechará as portas.


Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; Mateus 16:18

O propósito do livro de Mateus é provar que Jesus é o Messias, nosso Salvador e o Rei eterno.

Quando Jesus havia encontrado Pedro pela primeira vez (João 1, 42) tinha dado a ele o nome Pedro. Mas agora, Jesus disse: “Tu és Pedro (grego petros) e sobre esta pedra (em grego petra) edificarei a minha igreja.

É visível o jogo de palavras nesse texto, mas quem será a pedra ou qual pedra Jesus se refere?

Sabemos que o próprio Jesus é e deve ser o alicerce e fundamento de nossa fé, pois Ele é a pedra fundamental da igreja.

O conceito de igreja podemos encontrar nos quatro evangelhos, tendo como significado o povo escolhido de Deus. Bem como, as palavras de Jesus nos ensinam que existiria um período entre a sua a morte e a sua segunda vinda, onde podemos chamar de período da igreja.

Mas tarde o próprio Pedro fala aos cristãos que as pessoas, são a igreja construída sobre o alicerce dos apóstolos e profetas, tendo Jesus Cristo como a pedra fundamental (1 Pedro 2, 4-8).

Pedro retrata a Igreja (pessoas) como templo vivo espiritual, tendo Cristo como alicerce e cada pessoa como uma pedra, fazendo parte desse edifício espiritual. Para isso acontecer, precisamos crer e confessar que Jesus Cristo é Senhor e Salvador da nossa alma.

Seremos a Igreja de Jesus Cristo, quando passamos a acreditar e até ter a mesma fé que Pedro expressou em Jesus como Salvador. Dessa forma, confessaremos publicamente e teremos uma fé inabalável através dos ensinamentos de Cristo, através da sua Palavra a Bíblia Sagrada.

Finalizando, o que significa a expressão escrita no texto: “e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”?

A porta do inferno, significa Satanás e seus seguidores. Bem como, pode significar o poder de Satanás, referente a sua ofensiva contra a igreja (pessoas que confessam a Cristo como Salvador).

O próprio Jesus fez uma promessa, garantindo que Satanás não vai derrotar e destruir a igreja; Mas a derrota seria de Satanás.

Pode acontecer de fechar o templo físico, por qualquer acontecimento. Mas a igreja (pessoas) sentido espiritual, nunca vai ser fechada ou deixar de existir. Pois a igreja espiritual é indestrutível e todo aquele que crer em Jesus Cristo,  tem a vida eterna e seremos a igreja eterna de Jesus, morada do Altíssimo Deus (Efésios 2, 20-21).

Igreja não é lugar, são pessoas (gente).

Deus te abençoe

Pr. Charles Fernandes – Bacharel em teologia, Administração
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Abra a sua boca e te encherei.


“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e te encherei” Salmos 81:10.

Desde criança, lembro como se fosse hoje, com meus seis anos de idade, vi e ouvi muitas pessoas nos púlpitos e fora dele, dizendo: “abre bem a tua boca, e te encherei”.

Essa expressão permanece sendo usada no sentido errado, que devemos pregar e não se preocupar, que na hora Deus vai lhe encher de palavras e você vai conseguir falar. Mas analisando essa Palavra no livro de Salmos percebemos que o sentido é bem diferente.

É lógico e é necessário que venhamos ler, estudar, memorizar, meditar e obedecer primeiramente a Palavra de Deus e dessa forma o Espírito Santo nos ensinará e vai nos lembrar, o que aprendemos. Veja “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho ditoJoão 14,26.

Precisamos saber que o Livro de Salmos tem o propósito por intermédio da poesia do povo hebreu, bem diferente do nosso estilo de poesia, apresentar o grande hinário de Israel, expressando o louvor, a adoração e confissão a Deus.

O Salmos 81 é relativo ao Salmos de número 50, principalmente, na qualidade do tema pactual de Deus para com o povo de Israel, ambos são Salmos de Asafe. Outrossim, descreve uma cerimônia ritual em Israel, mantida por um decreto divino por uma aliança no Monte Sinai com seu povo (Salmos 81 - 4, 5).

Pela fato no texto descrever no uso da expressão “no dia de nossa festa” (Salmos 81, 3), leva a entender que o salmista faz referências as festas de peregrinações (Páscoa, Festa das Semanas ou dos Tabernáculos – Êxodo 23 – 15, 16, Deuteronômio 16, 16, 2Crônicas 8, 13 ).

Abre bem a tua boca, e te enchereia Palavra de Senhor veio para o povo nessa ocasião para relembrar o pacto inicial firmado no Sinai. Nisso Ele (Deus) reafirma sua relação pessoal, como Redentor do Êxodo e o culto exclusivo a Ele.

Entretanto, nessa festa o povo é convidado para abrir a boca para Deus vos encher. Isso demonstra que somos incapazes de satisfazer as nossas necessidades pessoais e espirituais, pois, consequentemente, precisamos da provisão de Deus em tudo para nossas vidas e é somente Ele quem pode, suprir todas as nossas necessidades.

A Palavra de Deus (Bíblia Sagrada) é a provisão, riqueza espiritual, alimento e estímulo para continuarmos, encorajados e esperançosos para alcançarmos nossos objetivos em Jesus Cristo, trazendo paz em nosso espírito nesse mundo de injustiça, poder e ganância.

Deus vos abençoe.

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em teologia, Administração Financeira
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

domingo, 1 de dezembro de 2019

A oração

“Orai sem cessar”.1 Tessalonicenses 5:17

Nesse texto temos um conselho com ensinamento da parte do Apostolo Paulo, no sentido de mantermos a nossa oração de forma contínua. Essa continuidade na oração não é para estarmos de joelho e os olhos fechados o tempo todo; Até porque o Apostolo foi bastante inflexível em dizer, que todos devam trabalhar, onde temos referências nos livros de 1 Tess 5, 14; 2 Tess 3, 6,7 e 11.

Nos textos supracitados, aparecem as palavras “preguiçoso ou desordeiro” essas palavras gregas eram usadas referente aos soldados que não ficavam em suas posições e funções, as quais eram designados, para trabalhar. O preguiçoso ou desordeiro, sempre causam problemas pelo fato de não estarem ocupados o suficiente com as suas atividades, por isso Paulo faz a advertência.

Outrossim, a oração interrupta é possível através de uma atitude pessoal construída na dependência de Deus, quando admitimos e percebemos a sua presença dentro de nós e nos submetemos a obedecer a Ele. Isso nos mantém ocupados como um bom soldado de Cristo a exercer nossas funções como servos obedientes e naturalmente faremos as nossas orações espontâneas, frequentes e curtas.

Entretanto, não exclui o nosso dever devocional de orações, mas as nossas atitudes, caráter e comportamentos devem perdurar em extensão igualitária aos momentos quando estamos a sós a falar com Deus.

Em I Timóteo 2, 1 a admoestação de Paulo continua com a missão original que ele tinha feito a I Timóteo 1:3. Os falsos ensinos devem ser desafiados e as ações corretas devem ser colocadas em prática.

Podemos observar que existem palavras usadas para diferentes tipos de orações: deprecações ou pedidos, orações ou súplicas e ações de graças ou agradecimento. Mas o importante é a forma e o foco principal como nos dirigimos a Deus em oração.

Paulo diz que devemos orar por todos os homens, entretanto ele incentiva que venhamos orar por todos os líderes governamentais. Então, não havia exclusividades na oração para algumas pessoas e sim para todos. Inclusive seus oponentes. Isso incluía os falsos pregadores ou ensinadores, reis que estavam em eminência daquela época que eram inimigos da igreja primitiva.

A oração nos leva a testar a nossa objetividade e verificar verdadeiramente se conseguimos orar honestamente por aqueles de quem discordamos. Jesus foi bastante claro: Orai pelos que vos maltratam e vos perseguem (Mateus 5, 44).

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, Lucas 18, 1.

Veja que Jesus também ensina referente a perseverança na oração, mas não no sentido de fazer sessões intermináveis de orações repetitivas. Mas no aspecto de continuar obedecendo e acreditando em Deus. Bem como, consequentemente estaremos, desenvolvendo o nosso caráter, fé e esperança em Jesus Cristo, para nos mantermos nesse mundo de injustiças e aflições até quando Ele vir nos buscar.

Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. Lucas 21:36

Jesus Cristo, disse que devemos estar vigilantes, atentos ao seu retorno. Isso significa que não podemos viver de forma descuidada em busca somente dos prazeres dessa vida. Por isso, a necessidade de estar preparado espiritualmente orando, jejuando e praticando a Palavra de Deus em nossas vidas, tendo um caráter ilibado, honesto e digno diante de Deus e da sociedade. Bem como, Jesus estava dizendo para os discípulos se prepararem pois seriam perseguidos, nesse sentido também teremos lutas.

Alegrai-vos na esperança, sedes pacientes na tribulação, perseverai na oração; Romanos 12:12

O texto supracitado em Romanos 12, 12, está nos dizendo que devemos esperar com convicção, tudo o que Deus tem planejado para nós. Não tema o futuro e qualquer problema ou tribulação que enfrentamos, devemos ser pacientes e confiar em Jesus Cristo. Persevere em oração tanto individualmente ou coletivamente, pois através da oração teremos o caminho, o consolo e a resposta da parte de Deus.

Precisamos saber que a oração não é algo repetitivo, mas de acordo conforme nos ensina a Bíblia Sagrada “E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6:7,8).

Deus, quer que você fale e converse com Ele. Mesmo já sabendo o que precisamos, Ele quer nos ouvir, pois Ele é um Deus que está vivo.

Jesus trouxe um ensinamento em Mateus 6, 6 para os líderes religiosos, fariseus que queriam se aparecer publicamente com as suas orações. Jesus não condena e tambem não existe problema algum, em fazer orações em publico.

O objetivo desse ensinamento é que a verdadeira vida de oração é aquela em que ninguém precisa ficar sabendo. “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. Mateus 6, 6

A oração em particular permite a liberdade de abrir o nosso coração totalmente para Deus, de forma que venhamos a falar os nossos verdadeiros sentimentos para Ele.

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6:18

Paulo nos ensina que devemos está em sintonia com Deus, orando no Espírito (mentalmente) e o Espírito Santo vai nos ajudar e interceder por nós (Romano 8, 26-27). O Espírito Santo vai conceder acesso a Deus (Efésios 2, 18), confiança (Romanos 8, 15-16; Gálatas 4, 6) e vai nos trazer resposta da parte de Deus.

Não importa quanto tempo, devemos esperar ou lutar em oração, mas devemos perseverar. Mas como ficaremos todo tempo em oração? Viva a Palavra de Deus em sua vida de modo que a sua própria vida se torne uma oração, através dos ensinamentos de Jesus Cristo.

Perseverai em oração, velando nela com ação de graças; Colossenses 4:2

A nossa ligação vertical com Deus é através da oração. Quando o Apostolo Paulo fala aos Colossenses em “perseverar”, ele estava dizendo para continuar firme, dispostos e não desistir.

Essa persistência de orar sem cessar significa dedicação, mas não no sentido que devemos ficar de joelhos o tempo todo. Mas essa dedicação se tornaria um reconhecimento da dependência de Deus, através do Espírito Santo, de modo a se submeter a vontade e obediência a Ele.

Quando o Apóstolo fala “velando” quer dizer no sentido de não cochilar e estar em alerta, pois Jesus Cristo pode voltar a qualquer momento.

“Ação de graças” significa que devemos agradecer o tempo todo, por tudo que Deus tem feito para nós. A gratidão significa que venhamos reconhecer que Jesus é Senhor das nossas vidas, então esperamos Nele.

E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração. 1 Pedro 4:7

“sede sóbrios e vigiai em oração” significa ter um hábito disciplinado para termos o nosso tempo de oração a Deus. A falta de oração nos deixa despreparados para os últimos dias e breve Jesus vai vir nos buscar.

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em teologia, Administração Financeira
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

sábado, 30 de novembro de 2019

Cegos por rejeitar a luz.


Disse Jesus: "Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece". João 9:41

Todo milagre de Jesus, era para apontar ou mostrar quem Ele era realmente. Especificamente através desse milagre da cura de um homem cego de nascença, temos um ensinamento demonstrando a verdade espiritual que Cristo é a luz do mundo.

Na cultura antiga as pessoas cegas não tinha outra opção na sua vida a não ser mendigar. O homem cego de nascença, bem provável era muito pobre e ficava ao longo da estrada em busca de seu sustento, mendigando.

Para os discípulos e povo daquela época, dentro da cultura que viviam e conforme os seus ensinamentos do Antigo Testamento Êxodo 34, 7. Qualquer pessoa que tinha uma deficiência física, era visto como um castigo e muitas pessoas acreditam que o sofrimento é consequência do pecado. Por exemplo, temos os amigos de Jó que achavam que eram um juízo de Deus e o trataram de forma cruel.

Sabemos que nem todo sofrimento é consequência do pecado ou um castigo de Deus. Podemos observar que os discípulos perguntaram: “Quem pecou este ou seus pais, para que nascesse cego?”, pois queriam saber sobre a causa da cegueira. Mas Jesus mostrou para eles, qual era a verdadeira causa, demonstrando o poder de Deus, curando o homem.

Esse poder demonstra que Jesus é a luz do mundo. No entanto, a palavra de Deus através da Bíblia Sagrada, revelam as verdades que nos possibilitam a enxergar, trazendo o conhecimento espiritual, para aqueles que humildemente procuram seguir a Deus, colocando de lado toda a sabedoria humana, arrogância, orgulho etc.

Por isso, cego são as pessoas que acreditam ter todas as respostas e dizem que não precisam de Jesus como Salvador. Essas pessoas são cegas porque rejeitam a “luz do mundo,Jesus (João 8, 12).

Os lideres religiosos e fariseus eram cegos e não conseguiam ver a verdade, a qual Jesus lhe ensinava. Bem provável pela dúvida, teimosia e a estupidez, consequentemente refletida através de seus comportamentos, onde podemos perceber no livro de João 9, 1-41.

Outrossim, nós que somos abertos a receber e aceitamos a mensagem de Jesus Cristo, reconhecemos como o pecado (erro) verdadeiramente cega o ser humano, criando uma barreira ao ponto de não ver e entender a verdade da Palavra de Deus.

Em contraste, o homem cego de nascença tinha recebido a visão e os lideres religiosos e fariseus que tinham a visão, não conseguiam ver a luz que era Jesus Cristo. Entretanto, quando admitimos que somos pecadores e nos arrependemos de nossos pecados, reconhecendo que Jesus é o nosso único e suficiente Salvador, seremos curados de nossa cegueira espiritual.

Mas aqueles que não admitem as verdades contidas na Palavra de Deus, vão continuar em trevas e não conseguirão ver, de modo que serão complacentes, cegos e satisfeitos com o seu modo pecaminoso de viver, carregando as suas culpas, quer eles, sintam ou não.

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em teologia, Administração Financeira
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

domingo, 15 de setembro de 2019

Não apague a chama do Espirito Santo.


“Não extingais o Espírito” 1 Tessalonicenses 5:19

O Apostolo Paulo, apresenta um ensinamento aos irmãos de Tessalônica para não proibirem ou restringirem a obra do Espirito Santo, devido a prática de alguns pecados que foram descritos nessa carta, tais como a imoralidade, a preguiça e a desordem, o qual estava afligindo o Espirito de Deus.

Esses pecados no supracitado, estavam gerando problemas na igreja e alguns cristãos estavam limitando ou proibindo a atuação de alguns dons espirituais como: a profecia e falar em línguas.

Paulo adverte que ninguém deveria fazer descaso e ignorar os dons concedidos pelo Espirito Santo; Podemos testificar a preocupação do Apostolo, através do ensino apresentado no capítulo 5 e versículos 20 e 21 que tratam especificamente sobre dom da profecia.

Com certeza o uso imaturo de um dom espiritual, pode causar problemas para uma igreja (pessoas). Outrossim, o fato de querer solucionar os problemas que estavam acontecendo naquela igreja, acabou extinguindo a atuação do Espirito Santo.

O Significado de extinguir, seria como apagar um incêndio. Bem como, dessa maneira o Apostolo Paulo quer ensinar que não devemos restringir ou proibir os dons do Espirito Santo concedido a igreja de Jesus.


Mas devemos encorajar as pessoas a usarem com maturidade, através do ensino da Palavra de Deus os dons concedidos pelo Espirito Santo, para beneficio e edificação do Corpo de Cristo.

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em Teologia, Administração Financeira
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar

Sem combustível, não tem fogo.


“Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo intrigante, cessará a contenda” Provérbios 26:20

O livro de Provérbios tem o propósito de ensinar as pessoas a alcançarem uma vida disciplinada, prudente e ter uma conduta moral. Bem como, ensina a aplicar a sabedoria divina para se ter uma vida justa, fazendo o que é correto diante de Deus e dos homens.

O versículo 20 supracitado em provérbios, ensina a respeito de qualquer comentário no sentido de irritação e fofoca servindo como um combustível a manter aceso o fogo da ira.

Veja que provérbios 26, 21 fala do carvão é para a brasa e a lenha para o fogo. Este versículo é um paralelo do versículo 20, explicando a mesma coisa mas com uma figura de linguagem diferente.

Sabemos que o “carvão” e a “lenhasão combustíveis, pois no versículo 20 mostra a madeira mantida perto do fogo, que em breve estará queimando
Quando colocamos a lenha sobre as brasas acesas, logo de imediato, ela pegará fogo. Em ambos os casos, nos mostra que facilmente nesse ato, ocorre grande queima.

Sem lenha, o fogo se apagaA madeira é um combustível; Mas quando a lenha se acaba, o fogo se apaga, isso é óbvio e é uma verdade incontestável.

Quando recusamos a falar determinados assuntos que não edificam e que trazem contendas; Seria como se estivesse cortando ou retirando o combustível e consequentemente extinguindo o fogo existente.

Outrossim, o difamador que conserva o combustível da contenda e continuando com suas calúnias, alimentará o fogo da intriga entre outras pessoas.

O homem briguento, fofoqueiro e contendeiro é como o fogo que incendeia a madeira, é igual as brasas que fazem a lenha pegar fogo. Ele é o agente inflamador, provocando chamas de contenda e ódio. Tome cuidado com essas pessoas.

Segue também um alerta para quem se mete em questão alheia, “é como aquele que pega pelas orelhas de um cão que passa” (Provérbios 26.17). Em outras palavras não se meta em confusão dos outros, pois você vai se incomodar.

Entretanto, alimente o fogo da paz, alegria e harmonia. Seja um combustível do bem, com a presença do Espirito Santo que traz e faz acontecer o fogo consolador e pacificador (Hebreus 12:14).

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em Teologia, Administração Financeira
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar

domingo, 28 de julho de 2019

Como se manter ileso.


"Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas". Mateus 10:16.

No capítulo 9 de Mateus, versículo 35 até o capítulo 10 e versículo 42, começa o segundo sermão de Jesus, onde Ele envia os doze discípulos para a primeira missão apostólica, com a própria autoridade de Jesus, em realizar as funções de pregação e cura.

Os discípulos deveriam levar a mensagem do evangelho como ovelhas ao meio de lobos (os lobos eram os inimigos dos cristãos e neste contexto, eram os líderes religiosos judeus).

Recomendações de Jesus: Sedes prudentes como serpentes e símplices como as pombas; Provavelmente palavras originárias de um provérbio local.

Ser prudente como uma serpente”, significa: aquele que não procura o perigo; cauteloso, sensato, ajuizado, inteligente. “Ser símplice como as pombassignifica ser sincero e ter intenções puras.

Isso nos ensina, que todos os seguidores de Jesus, devem ter essas duas recomendações, para estarem sempre preparados, referente as batalhas que enfrentaremos ao longo de nossa caminhada de fé, nessa vida.

Não tenhamos medo dos conflitos, mas tenha cautela e capacidades para enfrentá-los e tratar cada um deles com integridade. De modo a nos manter ileso, não sendo atingido ao ponto de parar na caminhada, mas mantendo o nosso objetivo que é Jesus Cristo, seguindo em frente acreditando que Deus está no controle de tudo.

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em Teologia, Administração Financeira
Pós-Graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

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sábado, 13 de julho de 2019

Liturgia e o culto conforme a Bíblia


A liturgia é considerada um ofício ou serviço por várias denominações cristãs e tornou-se algo oficial e público como uma forma de cultuar a Deus.

A palavra tem origem no grego “leitourgos”, o qual servia para descrever alguém que exercia um serviço público ou liderava uma cerimônia sagrada. Duas palavras gregas se juntaram: “Leitopúblico, “ergos” aquele que faz um trabalho; Portanto, seria o trabalho público que está em função do povo para o povo.

Fazendo um rápido comparativo do Antigo Testamento e do Novo Testamento com os nossos dias atuais, podemos observar:

GÊNESES AO ÊXODO – O culto ao Senhor era familiar, centralizado no altar (Gn 4.1-6; 8.20, Jó 1.5). Bem como, a fé e a obediência a Deus vinculada às instruções de sua Palavra, possibilitou Abel a ter a sua oferta aceita pelo Senhor Deus (Hb 11, 4). Já a oferta de Caim foi rejeitada, pois não aceitou as instruções subentendidas em Gênesis 4, 7.
Deus só aceita o culto sincero, pois Ele examina as nossas intenções. Outrossim, devemos avaliar e corrigir constantemente as nossas atitudes (Sl 66, 18).

ÊXODO À MONARQUIA Período do tabernáculo, era a habitação simbólica de Deus, bem como, seus utensílios tinham suas simbologias vinculadas a Deus. As prescrições para aproximação e purificação eram rigorosas e foram dadas pelo próprio Deus a Moisés.
A própria posição do tabernáculo no centro do acampamento (Nm 1.52,53 e 2.1-2) mostra a centralidade do culto, da nação a Deus. Outrossim, toda descrição, construção, dedicação e uso mostra que Deus não somente quer o nosso culto, mas Ele diz como devemos cultuá-lo.

MONARQUIA À EXÍLIO – Período de maiores mudanças e de centralidade do culto, a orientação para o serviço sacerdotal permanecia válida, o povo se reuniam para a adoração ao Senhor.
Os profetas criticaram o culto da antiga aliança (Is 1.11-15), pois povo desejava comparecer diante de Deus para receber Dele todos os benefícios do culto, mas não o servia fazendo o bem ao próximo. Culto não é um ritual, mas um ato em atitude de vida.


EXÍLIO Período em que não havia templo, não havia sacrifício, não havia sacerdócio. Em meio ao caos, Deus enviou profetas como Ezequiel para encorajar seu povo a se voltar para Ele para cultuá-lo, pois Ele sempre permanecia fiel a sua aliança, com seu povo.
Surge, então, grupo de israelitas que se reuniam no exílio, onde começaram a ser conhecido depois como “sinagoga”.

PÓS-EXÍLIO Período de Esdras e Neemias, a volta do povo de Israel do exílio babilônico. Houve o retorno à Lei de Deus (Torah), que começou a ser lida perante o povo. Assim, o templo foi restaurado, os sacerdotes voltaram as atividades, os sacrifícios e as ofertas retornaram a ser feitos.
O Antigo Testamento mostra o culto público voltado e centralizado em uma adoração na santidade de Deus, mas, hodiernamente, encontramos algo focalizado no emocionalismo, na esperteza e criatividade humana, sem nenhuma racionalidade Bíblica.

John H. Armstrong acusa grande parte da adoração moderna de ser “McAdoração”, ou seja, ele a compara a um “lanche popular”, algo produzido em escala industrial para satisfazer alguns consumidores.

Antes o templo era o único lugar de adoração e reunião dos judeus devotos a Deus. Entretanto, como templo foi destruído e o povo levado para a Babilônia no exílio, eles não podiam mais se reunir, e é nesse período que começam a surgir as sinagogas que mantiveram a religião dos judeus, a leitura das Escrituras e os louvores a Deus.

O modelo de culto e liturgia que hoje conhecemos, veio por intermédios dos cristãos primitivos em modelo das sinagogas.

O CULTO NA SINAGOGA, era dividido:
Primeira parte: Recitação do “Shema” “Ouve” título tirado da primeira palavra do texto de Dt 6, 4 – 9. Além do texto supracitado também era recitado Dt 11, 13 – 21 e Nm 15, 37 – 41.

Segunda parte: Cântico de Salmos

Terceira parte: Orações e rituais

Quarta parte: Parte mais importante do culto, leitura do Velho Testamento. Essa leitura era feita por um homem que soubesse ler em hebraico, tendo um intérprete em aramaico, explicando o texto de forma mais compreensível ao contexto histórico.

Quinta parte: Bênção Sacerdotal pronunciada por algum membro sacerdotal da congregação, na ausência de um sacerdote, no lugar da bênção, era feita uma oração.
Podemos compreender que o culto (liturgia) na sinagoga, tinha três elementos principais e fundamentais: Louvores, orações e instruções (ensino da Palavra de Deus).

Nas reuniões, eles adoravam a Deus com cânticos, liam as Escrituras e ouviam ensinamentos e exortações” (Atos dos Apóstolos 13:15).

Mas essa reunião tem que ser de acordo com Hb 10, 24-25. Não podemos viver isolados iguais a ilhas, pois temos a responsabilidade de influenciar pessoas para o bem. Por isso quando nos reunimos é para encorajarmos, admoestando uns aos outros através da Palavra de Deus, não podemos nos preocupar somente com nosso “bem estar”, mas temos responsabilidades de incentivar outras pessoas a permanecerem fervorosamente no amor de Deus a serviço do Reino, em busca de almas, pois se aproxima aquele Dia “a volta do Senhor Jesus”

Pois bem, o que significa culto? Culto, no grego, é latréia, que aparece 21 vezes no Novo Testamento, e significa literalmente “serviço religioso”. Então, que tipo de serviço estamos prestando a Deus? Pois sendo um cristão autêntico de acordo com os preceitos Bíblicos, eu devo somente adorar a Deus.

Culto e adoração são dois elementos fundamentais da liturgia cristã. A liturgia cristã autêntica se destaca por sua fundamentação cristológica. O culto se torna nulo, se não for identificado pela presença de Cristo, através do seu Espirito Santo. Além disso, o objetivo fundamental de um culto é tornar Deus real e pessoal.

Na adoração devia também incluir ofertas, e os sacrifícios, tudo isso deve expressar gratidão, devoção, desejo de comunhão e meditação, prontidão. Como também, no Antigo Testamento a voluntariedade era fundamental para compartilhar as coisas materiais com os sacerdotes, os levitas, os pobres e as viúvas; Não havia lugar para a mesquinhez no culto.

Atenção e muito cuidado!
Quando Deus é esquecido no culto e as pessoas se concentram no homem, Deus é um mero espectador. Principalmente no culto misturado com aniversário para pastores, política, shows, teatros, danças, luz negra, jogos de luzes, fumacinha ou qualquer reunião que não seja o verdadeiro culto a Deus. Bem como, podemos citar algumas heresias, do lenço ungido, garrafa ou copo de água ungida, rosa ungida, corredor de fogo, cadeira separada no culto para algum espírito específico, etc. Tudo isso são heresias, pois no verdadeiro culto, Deus e Jesus tem ser centralizado na adoração, e o poder está somente no Nome de Jesus.

E, ainda, a excelência musical no culto tem o seu valor cultural e espiritual, contudo, pode levar a uma distorção do conceito de aceitação diante de Deus, principalmente quando adoramos mais a criatura do que o Criador. Pois o perigo está na dificuldade de perceber a distinção do equilíbrio entre “emoção e razão”. Como devemos desenvolver a música na igreja (pessoas)? Em primeiro lugar, ser conscientizados de que adoração é doação, antes de ser prazer pessoal.

Conforme Pr. Elienai Cabral, “as formas de adoração caracterizam maneiras de cultuar, e não medem a realidade ou grande espiritualidade do adorador. Não podemos dogmatizar formas externas de cultuar porque elas podem engessar a liberdade de espírito de manifestação. Bem como, devemos ter o cuidado de ensinar acerca do equilíbrio entre emoção e espiritualidade, sem bloquear a ação do Espírito Santo”.

Colossenses 3.16 “Habite ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutualmente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.”

A Palavra de Cristo, citada em Colossenses, refere-se a mensagem proclamada por Cristo (o Evangelho). Para nós, isso significa a prioridade ao ensino Bíblico, pois o mesmo tem que estar inserido na liturgia de culto a Deus. O ensino da palavra deve habitar permanentemente no nosso coração (mente).

A pregação não pode ser apenas aos momentos finais do culto, pois este é o meio pelo qual Deus revela sua vontade. A Palavra de Deus não é matéria para ser apenas descrita ou comentada, mas deve ser ensinada e explicada detalhadamente (Ne 8.3, 7- 8, 12).

No ensino da Palavra, Deus é glorificado, os descrentes são confrontados, os crentes são edificados e a igreja é fortalecida.

Habitar no seu coração, quando Paulo faz citação em Éfesios 3, 17, exatamente a palavra grega "habitar " tem o significado de estabelecer, fixar residência permanente.

Jesus encontra lugar no coração, uma vez que esse é o centro das emoções e a vontade de uma pessoa. Ele fixa residência em nossos corações, somente naqueles que creem Nele.

Nisso, teremos a presença do Espírito Santo que nos fortalece, a ficar arraigados e fundamentados no amor de Deus. Assim, teremos o discernimento e a capacidade de entender o seu amor por nós, e estaremos inseridos em uma genuína liturgia.

Na genuína liturgia, toda congregação tem a responsabilidade de ensinar e admoestar (aconselhar ou advertir), por intermédio da Palavra de Deus, pois esse ensino vai nos corrigir.

O Salmos, hinos e cânticos espirituais, o ensino da Palavra, era usada através dos salmos, também eram inseridos nos hinos, cânticos espirituais. Esses ensinos eram colocados nas músicas, pois era fácil para memorização e a transmissão de uma pessoa para outra. Por isso a necessidade e importância da música, ser baseada na Palavra de Deus.

Oração e confissão (Jó 1.5; Lv 16.15,16; 1Cr 16.39,40;2Cr 6.21-31; Ed 9.1-3). O pecado tinha que ser coberto, a expiação, a propiciação foi feita por Cristo, em nosso favor. Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para aquilo que Cristo iria fazer.
No Antigo Testamento não havia culto nem adoração sem sacrifícios; não havia culto sem altar. Para nós, não há culto sem o significado da cruz, não há culto sem Jesus Cristo, o que foi imolado (morto) e que agora reina.

Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. Hebreus 13:15

Com a morte de Jesus Cristo, terminou a necessidade de sacrifícios de sangue. Mas podemos oferecer um sacrifício de louvor, isso significa, que devemos oferecer a nós mesmos, deixando de lado nossos próprios desejos. Nosso comportamento, atitudes, vão ser nosso sacrifício de louvar a Deus, sendo assim um verdadeiro serviço (liturgia), um verdadeiro culto a Deus.

Para deixar bem fixado em nossa memória, os verdadeiros elementos e insubstituíveis no genuíno culto a Deus são: Louvores, orações e instruções (ensino da Palavra de Deus), todos centralizados na pessoa de nosso amado e Salvador Jesus Cristo.

Pr. Charles Fernandes - CIADESCP / CGADB
Bacharel em Teologia, Administração Financeira.
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

A importância da leitura.

Requisito básico para uma ótima pesquisa científica é a leitura, com todo o avanço tecnológico na área da comunicação, ainda é na leitura a forma fundamental no processo de transmissão da cultura.

O Novo Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio define “Leitura” como: A ARTE DE SE DECIFRAR E FIXAR UM TEXTO DE AUTOR, SEGUNDO DETERMINADO CRITÉRIO.

Aprender a ler não é uma tarefa fácil, exige dedicação, dedicação, disciplina, persistência sistemática, tem que ser um hábito, onde só adquirimos através da prática.

Cada livro expressa a maneira que cada autor entende o mundo, para compreendê-los devemos penetrar em seus escritos, tendo a sensibilidade de interpretar em cada textos seus vários níveis de significados, através de suas ideias apresentadas na escrita.

Finalidades da Leitura
De acordo com Isabel Solé, ler é um processo de interação entre o leitor e o texto. (Solé, 1987a).

1. Método Analítico.
É o método utilizado nos estudos em detalhes, até mesmo parecendo insignificantes, mas tem a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas.

Os passos básicos deste método são:

O bservação
I nterpretação
C omparação
A plicação

a. Observação:

É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto.


Podemos concluir que a observação ensina a ver exatamente o que está dizendo o texto.

A observação procura responder as seguintes perguntas:

Que diz este texto ? 
Quem ? O quê ? Quando ?
Onde ? Por que ? Como ? Quem está falando ?
Quem são os principais personagens ?

É muito importante que o estudante da Bíblia tenha em mente estas regras.

Mas também ao estudar uma passagem da Bíblia Sagrada, precisamos ter a consciência que nem sempre encontraremos as respostas adequadas.

Então devemos buscar outros métodos de pesquisa, mais abrangentes.

b. Interpretação:

Devemos analisar o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto)

A Interpretação responde a pergunta: O que significa essa passagem? Fazendo entender o significado com exatidão e dando a possibilidade de colocarmos em prática a Palavra de Deus em nossas vidas.

1 – Lembre-se de que o contexto é que manda, o termo contexto significa o que está junto ao texto.

2 – Procure sempre o conselho integral da Palavra de Deus, quando aprendemos isso não aceitaremos qualquer imposição ideológica.

3 – Comentários Bíblicos são ferramentas muito importantes, pois trazem uma interpretação de versículos por versículos.

4 – Lembre-se de que a Bíblia jamais se contradiz.

5 – Não baseie suas convicções numa passagem que você não entendeu na Bíblia.

6 – Interprete os textos da Bíblia no propósito em ele realmente está falando.

7 – Procure o sentido único da passagem.

c. Correlação ou comparação

É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes.

d. Aplicação:

É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta.

É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.

Não importa o quanto a pessoa conheça a respeito da Palavra de Deus, se não aplicamos corretamente, jamais alcançaremos nossos objetivos.

A aplicação é a assimilação correta da Palavra de Deus, vivendo a verdade e colocando em prática em nossa vida.

Aplicação é descobrir o que a Palavra de Deus diz a respeito de determinado assunto, seja ensino (doutrina), repreensão, correção, etc.

Para aplicar em nossas vidas, devemos fazer as seguintes perguntas ao texto:

O que o texto está ensinando?
Aplica em pessoas específicas?
Existe um problema cultural da época?

Ao fazer aplicação da Palavra de Deus, devemos ter certos cuidados:

1- Não aplique padrões culturais da época.
2 – Não aplique meros conceitos, sem ter base Bíblica.
3 – Não tente argumentar alguma verdade, fazendo uso errado da Palavra de Deus.

Apenas algumas observações

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes
Bacharel em Teologia, Administração Financeira.
Pós-graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar.