Cristologia
é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda
e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus
Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às
origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens
e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo
e discussão desde os primórdios do Cristianismo.
A
PESSOA DE CRISTO
Sua
Humanidade
NASCIMENTO
VIRGINAL
A
concepção de Jesus Cristo foi algo singular; Sem existir um pai
humano, foi concebido no ventre de uma virgem pelo poder do Espírito
Santo.
Mt
1, 18-20; Lc 1, 35; Gl 4, 4-5
Sua
Humanidade
JESUS
TINHA UM CORPO HUMANO
Seu
corpo não era uma forma de humanidade disfarçada, pois depois da
sua ressurreição, Ele disse ao seus discípulos “ apalpai-me e
verificai porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes
que eu tenho ” Lc 24, 39
Seu
corpo era sustentado por alimentos e estava sujeito a fome e cansaço,
necessitava do sono como qualquer corpo humano.
Jo
4, 6; Mt 4, 2; Lc 24, 42, 43
JESUS
TINHA UMA MENTE
Usava
a sua sabedoria, teve que aprender como qualquer ser humano
Lc
2, 52; Hb 5, 8;
JESUS
TINHA UMA ALMA
Jesus
foi feito em todas as coisas semelhantes aos seus irmãos, sem estas
semelhanças não poderia ter sido homem, tinha alma e habitava em
corpo de carne igual a um ser humano.
Hb
2, 17; Mc 14, 34;
PRÉ-ENCARNAÇÃO
JESUS
DEU O MAIOR EXEMPLO DE HUMILDADE
A
humildade de Jesus Cristo é declarada, confirmada antes da sua
encarnação. Quando Ele abre mão de seus direitos Divinos, não
teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou de sua Glória
para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação pela
humanidade.
No
hebraico, o termo "expiação" é kaphar. Segundo a
definição dos estudiosos, significa "cobrir". Este
conceito está descrito em textos como Sl 32:1 e 85:2, no texto
hebraico. Além disto, a palavra "expiação" é definida
como: "aplacar", "apaziguar", "perdoar",
"purificar", pacificar", "reconciliar por".
Também está relacionado com a idéia de se reconciliar antigos
inimigos. O sangue do sacrifício cobre ou paga pela transgressão
que separava as partes, que agora são reconciliadas Rm 5:10.
A
humanidade do filho de Deus era real e não fictícia; Ele nos é
descrito como realmente padecendo fome, sede, cansaço, dor e como
sujeito em geral as debilidades da natureza, porém sem pecado.
ENCARNAÇÃO
- Significa que Deus (o filho de Deus) se fez homem; Isto não quer
dizer que Deus se tornou homem, nem que Deus cessou de ser Deus e
começou a ser homem, mas que permanecendo como Deus, Ele assumiu ou
tomou uma nova natureza, a saber, a humana, unindo esta à natureza
Divina no ser ou na pessoa (Jesus Cristo), verdadeiro Deus e
verdadeiro homem.
FILHO
DO HOMEM – De acordo com o hebraico a expressão “filho de”
denota relação e participação; Portanto “filho do homem”
significa aplicado a Cristo, quer dizer participante da natureza e
das qualidade humanas e como sujeito às fraquezas humanas.
SUA
DIVINDADE
JESUS CRISTO É DEUS – Existem varias provas Bíblicas referente a
Divindade de Jesus Cristo; Portanto, Cristo ao fazer-se homem,
esvaziou-se não de sua Divindade , mas de sua Glória.
Cristo
é por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em
forma de Deus”.
Jo
17, 5; Jo 14, 9-11
O
VERBO ERA DEUS
João
abre a sua primeira epístola apresentando Jesus Cristo como a “vida
eterna, a qual estava com o Pai, e nos foi manifestada”.
Quando
João escreveu a expressão “no princípio” refere-se a criação
do mundo. João também chama Jesus de verbo, para definir e
descrever a natureza e o propósito antes de revelar o nome.
Por
ser verbo, o filho de Deus transmite e comunica plenamente a pessoa
de Deus, o termo grego verbo, corresponde a “logos” significa
expressão dos seus pensamentos.
Então
a palavra “logos” transmitia o princípio racional que governava
o universo e até à energia criativa que deu a sua origem.
Na
língua hebraica do Antigo Testamento “o Verbo ou Palavra” e
descrito como agente da criação. Sl 33,6
João
estava descrevendo Jesus como um ser humano que conhecia e amava, que
também ao mesmo tempo era o próprio Deus criador do universo, a
suprema revelação de Deus, o quadro vivo da santidade Divina. Jesus
como logos, revela a mente de Deus para nós.
O
qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre
Rm
9,5 – Paulo descreve que o próprio Cristo foi judeu, para
cumprimento de todas as promessas; Entretanto, Cristo era mais que um
judeu, Ele era o próprio Deus, que reina sobre todos, Deus bendito
eternamente. Cristo é aqui chamado Deus, não em um sentido
subordinado, mas acima de todos e bendito para sempre.
SENHOR
MEU E DEUS MEU
Jo
20,28 – Quando Tomé viu a Jesus, Ele não estava mais sujeito a
mesmas leis da natureza, como antes da sua morte; Por isso que
apareceu numa sala fechada, mas não era um fantasma, nem uma
aparição, porque podia ser tocado e seus ferimentos eram visíveis.
Quando
o incrédulo Tomé viu a Jesus, tornou-se o Tomé crente e disse:
“Senhor meu, e Deus meu!” – esta é uma afirmação clara da
Divindade de Jesus, fornece uma boa conclusão para o Evangelho de
João, que afirma continuamente a Divindade de Jesus.
O
TEU TRONO, Ó DEUS, É PARA TODO O SEMPRE
Hb
1, 8 – O autor apresenta Jesus superior aos demais profetas, a
expressão supracitada, enfatiza a exaltação de Jesus. Seu reino é
caracterizado pela equidade, bem como pelo amor por aquilo que é
certo e pelo ódio por aquilo que é errado.
Somente
Cristo possui tal amor pela justiça e ódio pela iniquidade; Cristo
é superior a qualquer ser espiritual.
Eternidade
– Is 9, 6 – O profeta Isaias proclama: “ e o seu nome será:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz”.
Imutabilidade
– Hb 13, 8 – Embora os tempos e os lideres mudem, Jesus Cristo
não muda; Ele é o mesmo em todas as épocas.
Onipresença
– Mt 28, 20 – Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que
Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da
presença do Espírito Santo na vida dos crentes.
Onisciência
– Jo 2, 23-25 – Jesus disse que não confiava nos discipulos, a
razão pela falta de confiança de Jesus é a seguinte: porque a
todos conhecia.
Onipotência
– Ap 1, 8 – Deus é soberano e está no controle de tudo, a
expressão todo poderoso vem do AT, tem a expressão o significado
que todo o governo está nas mãos Dele.
UNIÃO
DE NATUREZAS
As
duas naturezas de Jesus Cristo, a Divina e Humana, são unidas em uma
única pessoa.
USO
DO NOME: Filho de Deus e Filho do Homem.
Filho
de Deus denota a sua natureza Divina e Filho do Homem denota a sua
natureza humana. Nossa mente humana não consegui compreender na sua
totalidade como as duas naturezas estão interligadas, mas não
podemos nega-la e nenhuma justificativa temos para rejeita-la.
OS
OFÍCIOS DE CRISTO
Jesus
é o mediador entre Deus e os Homens – Um mediador é uma pessoa
que se coloca entre duas partes, procurando reconciliar uma a outra.
1 Tm
2, 5; 2 Co 5, 18; Cl 1, 20
Deus
vos abençoe
Pr.
Charles Fernandes – CIADESCP / CGADB
Bacharel
em Teologia, Administração Financeira
Pós-Graduação
em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar
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