sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Que natureza tinha Jesus?


Cristologia é o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma particular atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de estudo e discussão desde os primórdios do Cristianismo.

A PESSOA DE CRISTO

Sua Humanidade

NASCIMENTO VIRGINAL

A concepção de Jesus Cristo foi algo singular; Sem existir um pai humano, foi concebido no ventre de uma virgem pelo poder do Espírito Santo.

Mt 1, 18-20; Lc 1, 35; Gl 4, 4-5

Sua Humanidade

JESUS TINHA UM CORPO HUMANO

Seu corpo não era uma forma de humanidade disfarçada, pois depois da sua ressurreição, Ele disse ao seus discípulos “ apalpai-me e verificai porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho ” Lc 24, 39
Seu corpo era sustentado por alimentos e estava sujeito a fome e cansaço, necessitava do sono como qualquer corpo humano.

Jo 4, 6; Mt 4, 2; Lc 24, 42, 43

JESUS TINHA UMA MENTE

Usava a sua sabedoria, teve que aprender como qualquer ser humano

Lc 2, 52; Hb 5, 8;

JESUS TINHA UMA ALMA

Jesus foi feito em todas as coisas semelhantes aos seus irmãos, sem estas semelhanças não poderia ter sido homem, tinha alma e habitava em corpo de carne igual a um ser humano.
Hb 2, 17; Mc 14, 34;

PRÉ-ENCARNAÇÃO

JESUS DEU O MAIOR EXEMPLO DE HUMILDADE

A humildade de Jesus Cristo é declarada, confirmada antes da sua encarnação. Quando Ele abre mão de seus direitos Divinos, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou de sua Glória para assumir a natureza humana e entregar-se em expiação pela humanidade.

No hebraico, o termo "expiação" é kaphar. Segundo a definição dos estudiosos, significa "cobrir". Este conceito está descrito em textos como Sl 32:1 e 85:2, no texto hebraico. Além disto, a palavra "expiação" é definida como: "aplacar", "apaziguar", "perdoar", "purificar", pacificar", "reconciliar por". Também está relacionado com a idéia de se reconciliar antigos inimigos. O sangue do sacrifício cobre ou paga pela transgressão que separava as partes, que agora são reconciliadas Rm 5:10.

A humanidade do filho de Deus era real e não fictícia; Ele nos é descrito como realmente padecendo fome, sede, cansaço, dor e como sujeito em geral as debilidades da natureza, porém sem pecado.

ENCARNAÇÃO - Significa que Deus (o filho de Deus) se fez homem; Isto não quer dizer que Deus se tornou homem, nem que Deus cessou de ser Deus e começou a ser homem, mas que permanecendo como Deus, Ele assumiu ou tomou uma nova natureza, a saber, a humana, unindo esta à natureza Divina no ser ou na pessoa (Jesus Cristo), verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

FILHO DO HOMEM – De acordo com o hebraico a expressão “filho de” denota relação e participação; Portanto “filho do homem” significa aplicado a Cristo, quer dizer participante da natureza e das qualidade humanas e como sujeito às fraquezas humanas.

SUA DIVINDADE

JESUS CRISTO É DEUS – Existem varias provas Bíblicas referente a Divindade de Jesus Cristo; Portanto, Cristo ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua Divindade , mas de sua Glória.
Cristo é por natureza, Deus, pois antes de fazer-se humano “subsistia em forma de Deus”.

Jo 17, 5; Jo 14, 9-11

O VERBO ERA DEUS

João abre a sua primeira epístola apresentando Jesus Cristo como a “vida eterna, a qual estava com o Pai, e nos foi manifestada”.
Quando João escreveu a expressão “no princípio” refere-se a criação do mundo. João também chama Jesus de verbo, para definir e descrever a natureza e o propósito antes de revelar o nome.
Por ser verbo, o filho de Deus transmite e comunica plenamente a pessoa de Deus, o termo grego verbo, corresponde a “logos” significa expressão dos seus pensamentos.

Então a palavra “logos” transmitia o princípio racional que governava o universo e até à energia criativa que deu a sua origem.
Na língua hebraica do Antigo Testamento “o Verbo ou Palavra” e descrito como agente da criação. Sl 33,6
João estava descrevendo Jesus como um ser humano que conhecia e amava, que também ao mesmo tempo era o próprio Deus criador do universo, a suprema revelação de Deus, o quadro vivo da santidade Divina. Jesus como logos, revela a mente de Deus para nós.

O qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre
Rm 9,5 – Paulo descreve que o próprio Cristo foi judeu, para cumprimento de todas as promessas; Entretanto, Cristo era mais que um judeu, Ele era o próprio Deus, que reina sobre todos, Deus bendito eternamente. Cristo é aqui chamado Deus, não em um sentido subordinado, mas acima de todos e bendito para sempre.

SENHOR MEU E DEUS MEU

Jo 20,28 – Quando Tomé viu a Jesus, Ele não estava mais sujeito a mesmas leis da natureza, como antes da sua morte; Por isso que apareceu numa sala fechada, mas não era um fantasma, nem uma aparição, porque podia ser tocado e seus ferimentos eram visíveis.
Quando o incrédulo Tomé viu a Jesus, tornou-se o Tomé crente e disse: “Senhor meu, e Deus meu!” – esta é uma afirmação clara da Divindade de Jesus, fornece uma boa conclusão para o Evangelho de João, que afirma continuamente a Divindade de Jesus.

O TEU TRONO, Ó DEUS, É PARA TODO O SEMPRE
Hb 1, 8 – O autor apresenta Jesus superior aos demais profetas, a expressão supracitada, enfatiza a exaltação de Jesus. Seu reino é caracterizado pela equidade, bem como pelo amor por aquilo que é certo e pelo ódio por aquilo que é errado.
Somente Cristo possui tal amor pela justiça e ódio pela iniquidade; Cristo é superior a qualquer ser espiritual.

Eternidade – Is 9, 6 – O profeta Isaias proclama: “ e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
Imutabilidade – Hb 13, 8 – Embora os tempos e os lideres mudem, Jesus Cristo não muda; Ele é o mesmo em todas as épocas.
Onipresença – Mt 28, 20 – Quando obedecermos, sentiremos conforto sabendo que Jesus está conosco todos os dias. Isto irá acontecer por meio da presença do Espírito Santo na vida dos crentes.

Onisciência – Jo 2, 23-25 – Jesus disse que não confiava nos discipulos, a razão pela falta de confiança de Jesus é a seguinte: porque a todos conhecia.
Onipotência – Ap 1, 8 – Deus é soberano e está no controle de tudo, a expressão todo poderoso vem do AT, tem a expressão o significado que todo o governo está nas mãos Dele.

UNIÃO DE NATUREZAS

As duas naturezas de Jesus Cristo, a Divina e Humana, são unidas em uma única pessoa.
USO DO NOME: Filho de Deus e Filho do Homem.
Filho de Deus denota a sua natureza Divina e Filho do Homem denota a sua natureza humana. Nossa mente humana não consegui compreender na sua totalidade como as duas naturezas estão interligadas, mas não podemos nega-la e nenhuma justificativa temos para rejeita-la.

OS OFÍCIOS DE CRISTO

Jesus é o mediador entre Deus e os Homens – Um mediador é uma pessoa que se coloca entre duas partes, procurando reconciliar uma a outra.

1 Tm 2, 5; 2 Co 5, 18; Cl 1, 20

Deus vos abençoe

Pr. Charles Fernandes – CIADESCP / CGADB
Bacharel em Teologia, Administração Financeira
Pós-Graduação em Gestão e Metodologia do Ensino Superior Interdisciplinar

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